sábado, 17 de maio de 2008

Crescimento ósseo

Neste tópico do trabalho não falamos dos nomes dos ossos pois isso já foi feito no tópico acerca da anatomia.

Generalidades

Os ossos são estruturas muito importantes no nosso organismo, chegando mesmo a ser imprescindíveis. É graças ao esqueleto humano, constituído por 206 ossos, que nós conseguimos:
  1. Sustentar o nosso próprio corpo, quer em posição erecta ou não;
  2. Produzir movimentos, desde o andar ao rodar o pulso;
  3. Manter os nossos órgãos vitais protegidos (devido à acção dos ossos da caixa torácica);
  4. Produzir células sanguíneas (o que se dá no interior da coluna vertebral);
  5. Manter as nossas reservas de Cálcio (que se deposita nos ossos).


Os ossos, estruturas imprescindíveis para o ser humano.

Os ossos dos humanos já estão presentes no seu feto desde as primeiras semanas de vida. Na altura do nascimento, o esqueleto humano é constituído por 300 ossos, número que baixa, sendo que na idade adulta já é de 206, como tínhamos referido anteriormente. O esqueleto humano considera-se completo e acabado por volta dos 25 anos no entanto são conhecidas algumas excepções de pessoas que continuam a desenvolver os seus ossos para além desta idade devido a problemas clínicos ou anomalias genéticas.



Beber muito leite, principalmente na infância, é muito importante para permitir um crescimento saudável e uma qualidade de vida muito positiva na fase adulta.

A idade de crescimento dos ossos

A fase em que se dá o crescimento mais acentuado dos ossos encontra-se entre o nascimento e os 18 anos de idade.

Entre o nascimento e o 1º ano de vida dá-se o pico máximo de crescimento sendo que, se tal crescimento continuasse a tal velocidade, atingiríamos alturas de 2 metros por volta dos 5 anos. Nesta fase é muito importante a alimentação do bebé. O facto de consumir o leite materno, que também é rico em Cálcio, ajuda a tornar este rápido desenvolvimento num desenvolvimento sustentado e eficaz.

A partir do primeiro ano de vida para a frente, embora a velocidade de crescimento continue a ser rápida, não é tão acentuada como nos primeiros três meses. Assim, em diferentes fases da infância (mais cedo nas raparigas que nos rapazes), o aumento da altura vai experimentando outros picos de velocidade. Como as raparigas param de crescer mais rápido que os rapazes, também é natural que estes fiquem mais altos, pois a sua altura pode aumentar até mais de 18 anos. Normalmente os rapazes ultrapassam as raparigas pelos 14 anos.

Mas os ossos não se desenvolvem só no sentido de dar altura ao indivíduo, mas também largura e envergadura. É, sobretudo, na altura da puberdade que se começam a desenvolver mais os ossos que permitem uma aparência mais larga aos jovens. Nos rapazes tendem a alargar os ombros e nas raparigas as ancas. Também pode haver um súbito aumento do crescimento dos membros superiores (braços) embora o crescimento destas estruturas ósseas seja quase sempre de velocidade contínua.

Importância dos picos de massa óssea (Cálcio)

O crescimento dos ossos na infância e adolescência toma também um especial foco de importância por outra razão.

Como sabemos, um mineral muito importante na constituição dos ossos é o Cálcio. E, quando em adultos, muitas pessoas têm problemas devido às deficiências de Cálcio nos seus ossos (as chamadas descalcificações). O que acontece de muito importante na adolescência é a ocorrência de um pico de massa ósseo até cerca dos 18 anos. Esse pico de massa é muito importante e as reservas de Cálcio para toda a vida dependem dele. Pode então falar-se de osteoporose como algo relacionado com a infância. Normalmente, se a criança não pratica exercício físico e ingere boas quantidades de Cálcio nos seus alimentos, prejudica o seu pico de massa óssea, estando mais próximo de vir a sofrer de osteoporose na idade adulta.

Osteoporose

Todas as pessoas parecem saber o que é a osteoporose. Mas o que será ela de facto?

A osteoporose é uma doença natural (porque resulta do ciclo normal de vida). Isto não quer dizer que todos sofram de osteoporose quando envelhecem. Apenas quer dizer que, se de um momento para o outro todos passássemos a viver mais 40 anos do que o normal, todos teríamos osteoporose, pois chegaríamos a um estado de velhice me que ela é obrigatória. Os ossos vão perdendo a sua robustez (que é dada pela deposição de Cálcio) e tornando-se mais frágeis e ocos. Esta fragilidade torna-os mais propensos a fracturas ou luxações. É por isso natural que um idoso, mal caia ou escorregue, ofenda logo uma estrutura óssea importante.



Um estado avançado de osteoporose pode levar à destruição quase completa do osso, o que provoca muita fragilidade.

No entanto, os efeitos da osteoporose podem ser retardados, se a pessoa em idade adulta se habituar a ingerir alimentos ricos em Cálcio (lacticínios) regularmente pois, embora a velocidade de deposição do Cálcio seja muito inferior na idade adulta que na infância, ela ocorre.

Efeitos do desporto nos ossos

Muito associado também ao tema dos ossos vem o desporto e as lesões desportivas. Uma das grandes dúvidas é saber de que forma o desporto pode melhorar/prejudicar os ossos dos humanos.

O que sabemos até agora é que o desporto pode fazer as duas coisas. No entanto, se for uma prática desportiva devidamente supervisionada e realizada com atenção e cuidado, os ganhos podem ser muito superiores aos custos.



Embora possa produzir lesões, a prática de desporto é uma das melhores formas de manter a saúde dos ossos, aumentando a velocidade de deposição de Cálcio.


Por vezes, a prática desportiva traz transtornos para os ossos. Nem jogo colectivo, por exemplo, um lance disputado ao limite pode resultar num acidente que ponha em risco certas estruturas.

No entanto, a prática de desporto melhora a mobilidade entre os ossos, exercita as articulações e, acima de tudo, queima gordura. A questão da gordura é muito importante pois está provado que um corpo com excesso de peso está mais susceptível a pequenas lesões nas articulações dos tornozelos e ancas, principalmente. Assim, com menos peso em gordura protegem-se essas zonas.

Malformações associadas ao crescimento ósseo

O descontrolo da produção da hormona do crescimento pode levar a crescimentos muito diferenciados de certos ossos.

Ocorrem, normalmente, três tipos de casos ditos anormais de crescimento:
  1. O gigantismo – quando o organismo produz excesso de hormona do crescimento, levando a um crescimento exagerado do esqueleto humano, bem como das outras estruturas;
  2. O nanismo – quando o organismo apresenta deficiência de produção da hormona do crescimento e o esqueleto, bem como as outras estruturas do corpo humano não apresentam um tamanho normal, sendo demasiado pequenas;
  3. Falta de proporcionalidade – quando “avarias” o sistema nervoso central determinam o crescimento anormal de certas partes do corpo por comparação com as restantes.

Nestes três casos, os esqueletos das pessoas visadas são profundamente incaracterísticos.



Imagem de pessoa gigante, uma condição resultante do descontrolo da produção de hormonas de crescimento.

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