sábado, 17 de maio de 2008

Benefícios do desporto

Muito se tem falado do desporto como acontecimento cultural, potenciador de acções nobres e partilha de valores. De facto isto constitui uma verdade cada vez mais visível. Não só do ponto de vista físico, como também psicológico e social, somos hoje em dia capazes de apontar diversos benefícios do desporto. Escolher uma actividade física de que se gosta é importantíssimo, ainda mais quando a prática desportiva se inicia na adolescência. Se os gostos do indivíduo nunca se alterarem muito, este pode praticar exercício, em harmonia com o seu dia-a-dia até à sua velhice, beneficiando de uma resistência muito maior, bem como maior capacidade respiratória e maior mobilidade, desde que cumpra os princípios básicos para a segurança desportiva como por exemplo, nunca praticar desporto em jejum ou de estômago demasiado cheio e ingerir quantidades de água (antes, durante e depois das actividades físicas) proporcionais ao suor libertado.



Para incentivar a prática de desporto, o Estado Português tem inaugurado/remodelado, nos últimos anos, vários recintos desportivos. Tal acção constitui uma pequena parte de um projecto que está longe de estar terminado


Prática desportiva em adolescentes e crianças

Nós, que somos estudantes e praticamos desporto, sentimos bem a diferença do nosso rendimento académico. É verdade! Embora pensemos que a prática desportiva em idade escolar rouba tempo precioso para o estudo, isso não acontece. Pelo contrário, o usufruto da actividade desportiva permite a fuga à rotina do estudante, motivando-o. E o tempo que ele perde com o desporto é tempo que ele, se estivesse em casa, talvez não usasse para o estudo mas sim para ver televisão ou jogar computador.



Pavilhão Jácome Ratton, em Tomar.
Os pavilhões desportivos desta categoria implantados em escola do ensino básico ou secundário ainda não são comuns em Portugal, algo que preocupa as pessoas com esforços apostados na divulgação do desporto pelas crianças.


O desporto realizado pelos jovens é, muitas vezes, desporto de competição. Nada de errado há nisto. No entanto, há que ter um especial cuidado para não exceder os limites do organismo das crianças que, como sabemos, ainda não está totalmente desenvolvido. Assim, deve haver uma dosagem igual para o desporto como vertente competitiva e formadora. A componente formadora assenta no conhecimento das regras básicas, tais como respeito, dedicação para com os companheiros, lealdade e sentido de responsabilidade.

Pratica desportiva na 3ª idade

Uma prática que tem vindo a difundir-se em Portugal é a da caminhada, levada a cabo, principalmente, pelos idosos. Estudos recentes apontam este ritual como bastante benéfico, reduzindo até 50% os males cardíacos nas mulheres, 20% o risco de enfarte nos homens e diminuindo também os problemas de hipertensão. Basta pensarmos no facto de sermos animais bípedes e percebemos o porquê da grande importância da caminhada a nível físico.



Na meia maratona de Lisboa participam cada vez mais pessoas de idade avançada, o que constitui um indicador deveras positivo.


No entanto tais benefícios só são inerentes a prática física quando esta é realizada com múltiplos cuidados, especialmente em idades avançadas. Há que ter em atenção o estado físico do idoso quando inicia a prática de desporto. Há também que ter o cuidado para aconselhar o idoso a comparecer a consultas médicas regulares e a não tentar exceder os seus limites orgânicos durante a prática de desporto. Por tudo isto, o desporto, nos idosos, deve ser, essencialmente, recreativo e nunca competitivo. O que é certo é que “Envelhecer com o desporto, é envelhecer melhor”.

O desporto como fonte de prazer e felicidade

A felicidade é um dos sentimentos que as pessoas mais desejam sentir. E, de facto, a actividade física é geradora de felicidade. Durante o esforço exigido no desporto, é libertada, no nosso corpo, uma substância chamada endorfina, que aumenta o bem-estar e auto-estima do indivíduo. Estas melhorias constituem uma plataforma criadora de felicidade e equilíbrio emocional, que cada vez é mais importante, tendo em conta as situações económicas desfavoráveis que o nosso país atravessa. Assim, se não podemos ser economicamente realizados, se não dispomos de emprego, se não atingimos níveis de motivação escolar satisfatórios, ao menos tentemos ser bons no desporto porque, a partir daí, todas as outras faculdades virão atrás.



O “Fair Play” não é uma imposição de regras éticas a ter em conta no desporto. Trata-se, pelo contrário, de um conjunto de direitos dos atletas e de atitudes eticamente aprováveis que cada um deles espera um dos outros. Só com “Fair Play” atingiremos a felicidade, enquanto desportistas.


Há também que realçar que uma vida desportiva é repleta de vitórias mas também de derrotas. Não temos por isso de querer ganhar a todo o custo. O respeito pelo adversário constitui uma faculdade humana que a experiência desportiva nos incute, ao longo da carreira, sendo esse também um benefício para o praticante.

Vertente económica, social e motivacional do desporto

Como temos a oportunidade de ver, através das transmissões televisivas dos mundiais de atletismo e Jogos Olímpicos, são os Estados Unidos da América, país detentor da mais forte economia mundial, quem alcança o maior número de medalhas nas mais diversas modalidades. Isto indica-nos que, para a formação de desportistas com elevado nível competitivo, é necessário investir monetariamente, algo que o nosso país não consegue fazer como era de desejar.

No entanto, falando agora da modalidade mais praticada no mundo, o futebol, a situação é bem diferente. Países da América Latina (especialmente Brasil e Argentina), que não têm grande capacidade financeira, consegue rivalizar e às vezes superiorizar-se aos países europeus na disputa dos campeonatos do mundo. Isto não é só resultado da tradição que este desporto tem na sociedade sul-americana. Há também um grande esforço da parte dos próprios atletas, que se sujeitam a treinos em condições precárias (recordemos que os melhores futebolistas brasileiros provêm das favelas). Este facto, só de si, faz-nos pensar em como seria bom podermo-nos esforçar tanto como eles, para obtermos feitos de igual escala aos deles. Tal caso também acontece no Hóquei em Patins, onde, ao contrário das outras modalidades, o nosso país faz parte das potências ao nível, quer de selecções nacionais, quer de clubes.






Muitos atletas talentosos provêm de raízes muito pobres, como é o caso do português Francis Obikwelo (velocista) e dos futebolistas brasileiros Ronaldinho Gaúcho e Rivaldo. Estes atletas só conseguiram atingir esse nível através de muito esforço e dedicação. Foi por gosta da modalidade que evoluíram, algo que é digno de registo.



Tais factos fazem-nos, porventura reflectir acerca da importância que o desporto pode ter na sociedade. Porque este fenómeno não tem só benefícios para os praticantes, mas também para a assistência. Se todos nós fizermos um esforço para incentivar a prática dos mais variados desporto teremos um país melhor e mais capaz de lidar com os problemas económicos, culturais e sociais.

1 comentário:

Anónimo disse...

são todas estas coisas que andamos a divulgar há anos, e cuja pouca importancia que lhes dão gera epidemias como a obesidade..bom trabalho!!!