Neste espaço falamos um pouco mais aprofundadamente da anatomia humana, principalmente da anatomia muscular, assunto extremamente importante para atletas e afins.
Do ponto de vista médico, a anatomia humana consiste no conhecimento exacto da forma, posição, tamanho e relação entre as várias estruturas do corpo humano. Um outro nome para este estudo será antropometria ou anatomia descritiva.
No entanto, o corpo humano é de tal modo complexo, que o conhecimento detalhado do mesmo apenas é possível por alguns. A maior parte dos especialistas, não conhecem a anatomia de forma geral, centrando-se apenas numa dada área, quer seja o cérebro, o sistema digestivo, etc.
Um dos principais desafios do estudo anatómico humano é também saber qual a porção do arranjo corporal dependente de factores como embriologia e a filogenia.
Do ponto de vista do desportista, torna-se importante conhecer os nomes e funções de certos músculos implicados num dado exercício, quer seja de treino ou não. Assim, para além de uma consciência de treino, o atleta torna-se capaz de prevenir lesões executando movimentos de alongamento/tensão alternadamente. Ao conhecermos as características de um dado “aparelho” corporal, podemos utilizá-lo melhor.
Passemos, agora, a enunciar os principais sistemas, órgãos, ossos e glândulas do corpo dos humanos.
Sistemas do corpo humano:
Do ponto de vista médico, a anatomia humana consiste no conhecimento exacto da forma, posição, tamanho e relação entre as várias estruturas do corpo humano. Um outro nome para este estudo será antropometria ou anatomia descritiva.
No entanto, o corpo humano é de tal modo complexo, que o conhecimento detalhado do mesmo apenas é possível por alguns. A maior parte dos especialistas, não conhecem a anatomia de forma geral, centrando-se apenas numa dada área, quer seja o cérebro, o sistema digestivo, etc.
Um dos principais desafios do estudo anatómico humano é também saber qual a porção do arranjo corporal dependente de factores como embriologia e a filogenia.
Do ponto de vista do desportista, torna-se importante conhecer os nomes e funções de certos músculos implicados num dado exercício, quer seja de treino ou não. Assim, para além de uma consciência de treino, o atleta torna-se capaz de prevenir lesões executando movimentos de alongamento/tensão alternadamente. Ao conhecermos as características de um dado “aparelho” corporal, podemos utilizá-lo melhor.
Passemos, agora, a enunciar os principais sistemas, órgãos, ossos e glândulas do corpo dos humanos.
Sistemas do corpo humano:
- Sistema tegumentar (protege o nosso corpo e contém pele, pêlos e unhas);
- Sistema muscular (permite os movimentos e é constituído pelos músculos);
- Sistema nervoso (coordena a actividade do individuo e é constituído pelo cérebro e espinal medula);
- Sistema reprodutor (conjunto orgânico que diz respeito à reprodução);
- Sistema respiratório (responsável pelas trocas gasosas que o nosso corpo efectua com o meio);
- Sistema excretor (responsável pela manutenção do meio interno, no que diz respeito à quantidade de água e concentração de sais);
- Sistema circulatório (responsável pela condução, distribuição e remoção de substâncias de certas partes do corpo);
- Sistema ósseo (dá forma ao nosso corpo e protege os órgãos internos, sendo constituído pelos ossos);
- Sistema articular (constituído por articulações, permite a conexão entre ossos e a movimentação sem prejuízo para o sistema ósseo);
- Sistema digestivo (responsável por obter, dos alimentos, os nutrientes essenciais para a sobrevivência do indivíduo).
Sistema respiratório.
Sistema digestivo.
Órgãos do corpo humano:
- Apêndice;
- Diafragma;
- Ânus;
- Estômago;
- Baço;
- Faringe;
- Cérebro;
- Coração;
- Fígado;
- Laringe;
- Intestino delgado;
- Intestino grosso;
- Olhos;
- Ouvidos;
- Nariz;
- Língua;
- Placenta;
- Ovários;
- Pénis;
- Útero;
- Vagina;
- Seios;
- Rins;
- Pulmões;
- Pele;
- Pâncreas.
Fígado.
Coração.
Pulmões.
Pâncreas.
Intestino Grosso.
Língua.

Ouvido.
- Clavícula;
- Costela;
- Crânio;
- Omoplata;
- Estribo;
- Fémur;
- Úmero;
- Ilíaco;
- Maxilar;
- Cóccix;
- Rótula;
- Tíbia;
- Cúbito;
- Coluna Vertebral.
É de salientar que, para além dos ossos, fazem também parte do esqueleto os tendões, as cartilagens e os ligamentos.
Os tendões são as estruturas que ligam os ossos aos músculos.
Os ligamentos são estruturas que ligam as articulações entre si ou mantém um determinado órgão no seu local fisiológico normal.
Já as cartilagens são estruturas que servem para dar forma e sustentação a certas partes do corpo mas com menor rigidez, reduzindo também o atrito entre os vários ossos.
Representação de um esqueleto humano.
- Glândulas mamárias;
- Glândulas salivares;
- Tiróide;
- Paratiroíde;
- Supra-renais;
- Hipófise;
- Glândula pineal;
- Pâncreas;
- Gónadas;
- Hipotálamo.
Localização da hipófise e do hipotálamo no encéfalo humano.
As três porções das glândulas salivares.
Como foi dito, é sobre a anatomia muscular que nos vamos centrar mais, dado o desporto estar ligado ao movimento e serem os músculos as estruturas que tornam possível o movimento.
Nos nosso movimentos, os músculos contraem e distendem, facto devido ás informações por eles recebidas do sistema nervoso central. De facto, a cada fibra muscular está ligado um neurónio (célula nervosa capaz de fazer circular um impulso nervoso). Como a cada impulso nervoso corresponde uma dada informação, é natural que quando queremos, a título de exemplo, mover o braço esquerdo, a informação chegue ás fibras musculares indicadas e o movimento seja executado. Mas nem sempre é assim.
Nos nossos primeiros meses de vida, a correspondência fibra – neurónio não está bem definida. Isto acontece porque é possível ligarem-se á mesma fibra muscular vário neurónios que vão lutar um contra o outro. Também acontece os neurónios estarem mesmo desorganizados e transmitirem as informações para sítios incorrectos. Daí se explica que os movimentos dos bebés com poucas semanas ou meses de vida sejam totalmente descoordenados. É comum o bebé querer mexer o dedo e mexer o braço todo por exemplo. No entanto, se o desenvolvimento do bebé decorrer de forma normal tudo se irá restabelecer.
Os, aproximadamente, 212 músculos do corpo humano têm uma grande variedade de tamanho e formato, de acordo com a sua disposição e inserção. Os músculos têm como características gerais o possibilidade de contracção e encurtamento (tornando-se mais tensos e duros em resposta a um estímulo vindo do sistema nervo), a possibilidade de distensão e aumento do comprimento e a possibilidade de regressão ao seu tamanho e forma originais.
Tipos de músculos
Existem três tipos fundamentais de músculo:
- Músculo estriado esquelético;
- Músculo estriado cardíaco;
- Músculo liso.
Músculo estriado esquelético
Este tipo de músculo é constituído por fibras musculares de carácter voluntário. As terminações nervosas que este músculo possui denominam-se proprioceptores. Responsável pelos movimentos auxiliares da postura corporal, este tipo de músculo representa cerca de 45% do peso corporal dos adultos. Os músculos mais facilmente perceptíveis ao olhar para um humano são deste tipo.
É a disposição transversal das proteínas (actina e miosina) que é responsável pela atribuição do nome “estriado” a este tipo de músculo.
Músculo estriado cardíaco
Este tipo de tecido muscular é responsável pela camada muscular do coração, ou miocárdio, é constituído por três tipos de músculos principais: ventricular, atrial e fibras excitatórias e condutoras. As fibras musculares cardíacas têm estruturas parecidas com discos dispostos de forma intercalada entre elas com uma resistência eléctrica muito pequena para que o potencial de acção possa percorrer livremente todo o músculo cardíaco.
Músculo liso
Este tipo de músculo caracteriza-se por possuir contracções involuntárias e bastante lentas. É também constituído por células fusiformes.
Encontra-se nas paredes dos órgãos do corpo humano e é capaz de responder aos movimentos peristálticos indicados pelo Sistema Nervoso Autónomo. Assim, ele empurra sangue, esperma e outros fluidos.
Uma outra classificação dos músculos, mais comum entre atletas e praticantes de musculação, agrupa os principais grupos musculares em três porções: os músculos grandes, os músculos pequenos e os músculos secundários.
Músculos Grandes
- Quadrícepe femural
Músculo quadrícipe femural – o maior músculo do nosso corpo.
Um grande desenvolvimento do quadrícipe confere ao atleta uma força impressionante.
- Peitoral maior
Esquema do músculo peitoral maior.
Grande desenvolvimento do músculo grande peitoral – na actividade física, a força do peitoral (movimento de empurrar) é importantíssimo.
- Grande Dorsal
Imagem do músculo Grande Dorsal.
Esquema do músculo Grande Dorsal.
Músculos pequenos
- Bícepe Braquial
Esquema ilustrativo do músculo bícepe braquial.
Imagem de um músculo bícepe braquial desenvolvido.
- Trícepe braquial
Esquema do músculo trícepe braquial.

Fotografia deste músculo num estado muito desenvolvido.
- Deltóide
Esquema do músculo Deltóide.
Deltóide muito desenvolvido – este músculo é essencial em todos os movimentos de braços.
Nota: nesta classificação excluímos dois músculos, o glúteo e o trapézio. O primeiro, na maior parte das classificações encontra-se relacionado com o quadrícepe femural sendo por isso parte integrante da coxa. No entanto, noutras classificações, surge considerado músculo secundário, algo com que não concordámos, dado o seu tamanho. Já o trapézio é muitas vezes incluído no grupo muscular dos ombros, sendo relacionado com o Deltóide. Também, como no caso dos glúteos, pode ser considerado secundário, mas não concordamos com essa classificação, mais uma vez, devido ao seu tamanho demasiado grande para ser tido como tal. Também noutros casos, Glúteo e Trapézio nem sequer são considerados grupos musculares, por se considerar que evoluem naturalmente sendo utilizados em exercícios específicos de outros músculos, respectivamente, o Quadrícepe e o Deltóide.
Músculos secundários
- Antebraço
Esquema do músculo do antebraço.
- Gémeo
Representação do músculo gémeo.
- Abdominais, Lombares e Oblíquos
Movimento da responsabilidade dos Lombares.
Movimento da responsabilidade dos Abdominais.
Movimento da responsabilidade do Oblíquos.
Estes três músculos são especialmente importantes pois é o seu equilíbrio de poderio que permite a manutenção da posição erecta do tronco humano. Se estas estruturas musculares não existissem, também seria impossível movimentar o tronco (este seria uma estrutura rígida e a elasticidade da coluna de nada serviria).
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